quinta-feira, 3 de junho de 2010

Estudo de uma obra importante de Chico Xavier: Cartas de uma morta (1ª parte)

SE VOCÊ QUER LER UM LIVRO ESCLARECEDOR LEIA ESTE:
Certo dia do ano de 1975 li num jornal popular uma entrevista em que o apresentador perguntava ao médium, por que a Federação Espírita Brasileira não quis editar seu livro “Cartas de uma Morta” na qual sua mãe, atendendo a um pedido seu, voltou para contar as primeiras impressões dela após chegar ao mundo espiritual. E o jornalista em tom picante acrescentou: “Diz a imprensa que o motivo de negativa editorial foram as 3 viagens que ela ditou para você narrando as peripécias de suas passagens pelos planetas Saturno, Marte e Mercúrio.”
O médium Chico, talvez percebendo que sua resposta poderia criar ondas de choque em meio a população, serenamente respondeu:
“Talvez a Federação Espírita tenha razão, na época em que psicografei este livro, tinha passado por um abalo físico na saúde e isto pode ter excitado minha imaginação, de forma que quem escreveu o livro fui eu.”
Em forma de elegância moral, o médium assumiu a autoria da obra sem machucar ninguém. Soubemos depois que a Editora Lake, de São Paulo (www.001shop.com.br/lojas/lake.com.br) publicou o livro, mas nunca consegui lê-lo. Pouco tempo atrás comentei com um voluntário que trabalha na Biblioteca do Lar Irmã Esther que encontrara a obra escurecida pelo tempo e pelas muitas mãos que a manusearam, já um tanto rasuradas. Quem misericordiosamente a editou foi o Núcleo Espírita Caminheiros do Bem, através da livraria Espírita da Editora Lake, São Paulo, 1936, e já lançara 9 edições.

Foi uma resposta que as leis da vida deram aos irmãos conservadores da Doutrina Espírita que buscam dificultar os caminhos da Evolução. Li e reli esse livro, de intraduzível valor. Da sua leitura é que surgiu a idéia de instalar a nossa web rádio espírita (www.radiochicoxavier.com) em grande parte pelo extraordinário conteúdo do livro “Cartas de uma Morta”. Nela, Maria João de Deus ex-católica praticante, conta a trajetória acidentada que percorreu após sua morte no Plano Físico, revelando a estranheza que sentiu ao despertar para as inesperadas realidades do Plano Espiritual. Vamos acompanhar aqui parte da sua descrição acerca do pungente conflito que a envolveu. A começar por sua ansiosa espera pela visão do Céu e do Inferno, tal como tinha aprendido nas aulas de religião da Igreja Romana. Simplesmente não havia nada que indicasse o Paraíso ou sua perda infinita. O que Maria João de Deus vivenciou e testemunhou foi algo bem contrastante e alertador. Acescentamos apenas, para reflexão de todos o que as 5 grandes religiões da Terra afirmam, criando irrealidades, atrasando enormes levas de tempo dos que desencarnaram e que seguem aquilo que aprenderam de equivocados tormentos mentais. Leiamos o que ela deixou psicografado através de seu amado filho Chico Xavier:
"O Lar Terreno Entrevisto do Além

Todavia, inexplicavelmente, uma completa amnésia invadiu o meu cérebro espiritual e só pude recordar-me dos laços afetivos, que ainda a vós me prendiam, quando se me apresentou aos olhos visão dos últimos instantes da minha vida material. Busquei, então, o lar que eu deixara; mas – oh, torturante surpresa! - meus filhos não me reconheceram e de balde formulei os meus sentidos e carinhosos apelos! Julguei-me alucinada e em vão busquei as antigas amizades. - Não me vedes? Não me reconheceis? – bradava eu, desgostosa com a atitude impassível daqueles de quem me aproximava cheia de esperança, numa possível compreensão das minhas palavras; mas a frieza e a insensibilidade constituíam a resposta de sempre.
A seguir, duplicaram-se as minhas ânsias ... Contudo, à medida que me confortava com a nova situação e intimamente desejava a libertação daquelas impressões penosas, parecia-me que a atmosfera se ia aclarando, como se a mente renascesse a memória integral do meu passado, diluindo as trevas que a obscureciam. E, certa noite, quando reunidos oráveis segundo o costume que eu sempre cultivara, ouvi que o oferecimento das preces a Deus era feito em intenção de minh’alma.

“Ah! Eu Morrera”...

Descerrou-se, finalmente, o derradeiro véu que obumbrava o meu ser pensante ... Senti-me são, ativa, ágil, como se despertasse naquele instante... Ah! Eu morrera... E a morte representava um grande bem, porque eu me sentia outra, trazendo as faculdades integrais, plena de favoráveis disposições para as lutas da vida. Todavia tinha a impressão de estar só, já que ninguém respondia às minhas arguições, embora percebesse que minha voz nada perdera de seu vigor e tonalidade.
Propositalmente procurava fazer-me vista por todos, mas uma impossibilidade perturbadora correspondia aos meus pensamentos. Refugiei-me, então, nas mais sinceras e fervorosas preces. Foi quando comecei a divisar vultos sutis e ouvir vozes acariciadoras, das quais fugia amedrontada e receosa, na ilusão pueril de que me chamava com o corpo físico, transita de medo e suscetibilidades..."

5 comentários:

  1. Bem, essa dita obra pode ter coisas aproveitáveis, mas um erro desses, sobre vida em Marte etc e tal, compromete muito o seu valor e é motivo de desdém para os inimigos vigilantes.
    Em vez de esperar até 1975 para justificar o seu erro, Chico deveria tê-lo feito antes de se descobrir que em Marte não há vida...

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    1. Não existe vida em Marte na dimensão que estamos. Vivemos, vemos e sentimos uma dimensão muito densa, onde esta mesma dimensão em Marte não existe vida. Se vc sair daqui em espirito (projeção) e for até marte e se vc estiver com boa vibração com certeza verá os seres que lá existem.

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  2. Para uma filha de lavedeira humilde, uma mulher que não teve estudo é muito estranho que ela escreva em um português impecável com palavras que somente eruditos usariam.

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  3. Existe vida em Marte, mas não no estado de matéria em que viveis. Vede na revista espírita de Kardec, a comunicação de Mozart.
    Quanto ao bom português, ensina a doutrina espírita que o corpo fisíco condiciona os sentidos da alma, além de que aquele que é hoje analfabeto, vive a sua prova ou expiaçâo, não querendo por isso dizer, que noutra existência anterior não tenha sido letrado.

    Aos conservadores do espiritismo, tenhamos equilibrio no pensar e aos críticos, um estudo sério e sistemático da doutrina.

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    1. Concordo com você,existe vida em Marte sim, mas em outra dimensão. Assim como existe a cidade espiritual nosso lar, só que em outra vibração. É um erro gigantesco achar que num universo sem limites a única bolinha no céu entre milhões só a nossa tem vida. No livro dos espíritos consta a escalada espírita que foi criada para fins didáticos a pergunta é aonde estão os espíritos superiores? Eles habitam em algum lugar não é? No evangelho tem um capitulo que fala "Existem muitas moradas na casa de meu pai". Nesse capitulo fala dos planetas de regeneração, fala de planetas mais avançados por isso dizer que não existe vida em Marte considero no mínimo uma total falta de conhecimento pelo menos das obras básicas de Kardec.

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